Rispa foi uma das concubinas do rei Saul e mãe de Armôni e Mefibosete. Quando seus filhos foram mortos pelos gibeonitas como castigo pelos erros de Saul, ela ficou vigiando os corpos por meses, sem deixar que os animais se aproximassem. Seu gesto comoveu o rei Davi, que mandou enterrá-los. Rispa é lembrada por seu amor de mãe, fidelidade e coragem em meio à dor.

A história de Rispa está na Bíblia, no livro de 2 Samuel, capítulos 3 e 21. Ela era filha de Aiá e foi concubina do rei Saul, o primeiro rei de Israel. Como concubina, Rispa tinha um relacionamento com Saul, mas sem o reconhecimento de esposa oficial. Ela teve dois filhos com ele, chamados Armôni e Mefibosete (não o mesmo Mefibosete, filho de Jônatas).

Depois da morte de Saul, houve uma grande seca em Israel. O rei Davi buscou a causa e soube que era consequência de um antigo pecado de Saul contra os gibeonitas, um povo que Israel havia prometido proteger. Para reparar a injustiça, os gibeonitas pediram sete descendentes de Saul para serem mortos. Entre eles estavam os dois filhos de Rispa. Eles foram executados e seus corpos deixados ao ar livre.

Com imenso amor e coragem, Rispa ficou dias e noites cuidando dos corpos de seus filhos, impedindo que aves e animais os devorassem, desde o início da colheita até que Deus mandasse chuva sobre a terra.

Quando Davi soube do gesto de Rispa, ficou profundamente tocado. Ele mandou recolher os ossos de Saul, de Jônatas e dos filhos de Rispa para que todos fossem enterrados com honra.

Rispa
Rispa

A Bíblia não fala sobre a morte de Rispa, mas sua atitude é lembrada até hoje como um exemplo de amor materno, fidelidade e força em meio ao sofrimento. Sua história mostra o poder da perseverança e da dignidade mesmo na dor.

Estudo bíblico sobre Rispa

Os filhos de Rispa: Armoni e Mefibosete

Armôni e Mefibosete eram filhos de Rispa, concubina do rei Saul, o primeiro rei de Israel. Eles são mencionados no livro de 2 Samuel 21:1-14. A história deles está ligada a um tempo de seca e fome que atingiu Israel durante o reinado do rei Davi.

Davi buscou ao Senhor para entender a causa daquela calamidade, e Deus revelou que era por causa da culpa de Saul, que havia tentado exterminar os gibeonitas, um povo que Israel havia jurado proteger desde os tempos de Josué. Para reparar a injustiça, Davi perguntou aos gibeonitas o que desejavam. Eles não pediram ouro nem prata, mas exigiram que sete descendentes de Saul fossem entregues para morrer, como forma de justiça.

Davi poupou Mefibosete, filho de Jônatas, por causa da aliança que tinha com ele, mas entregou os dois filhos de Rispa, Armoni e Mefibosete (que tinha o mesmo nome do filho de Jônatas), e cinco netos de Saul, filhos de Merabe (ou Mical, dependendo da tradução). Os sete foram mortos e expostos no monte diante do Senhor, no início da colheita da cevada.

Após a execução, Rispa, a mãe de Armoni e Mefibosete, ficou vigiando os corpos de seus filhos por meses, impedindo aves e animais de os devorarem. Seu gesto de amor e luto profundo comoveu o rei Davi, que depois mandou dar sepultura digna aos corpos de Saul, Jônatas e dos filhos de Rispa.

Quem era a mãe de Mefibosete filho de Jônatas

A mãe de Mefibosete, filho de Jônatas, não é mencionada pelo nome na Bíblia. Ele era neto do rei Saul e, quando tinha cinco anos, ficou aleijado dos pés ao cair durante uma fuga após a morte de seu pai e avô (2 Samuel 4:4). Mais tarde, o rei Davi o acolheu em sua casa por amor a Jônatas, permitindo que comesse à sua mesa.

É importante não confundir esse Mefibosete com outro de mesmo nome, filho de Rispa, concubina de Saul. Este Mefibosete, junto com seu irmão Armoni, foi entregue pelos gibeonitas e morto como reparação pelos pecados de Saul. Assim, havia dois "Mefibosetes" na linhagem de Saul, com histórias distintas.

Saiba mais sobre a história de Mefibosete filho de Jônatas.

Quanto tempo Rispa velou seus filhos

A Bíblia não informa exatamente quantos dias ou meses Rispa velou os corpos de seus filhos, Armôni e Mefibosete, mas o texto de 2 Samuel 21:10 dá uma boa ideia da duração. Diz que ela “tomou um pano de cilício e o estendeu sobre uma rocha, desde o princípio da colheita até que caísse chuva do céu sobre eles”.

A colheita da cevada em Israel começava por volta de abril e a chuva tardia costumava cair apenas em outubro ou novembro. Isso significa que Rispa permaneceu aproximadamente seis meses vigiando os corpos de seus filhos, dia e noite, sem permitir que aves ou animais os devorassem.

Seu gesto foi um ato de amor profundo e coragem. Mesmo em meio à dor e à vergonha pública, Rispa não abandonou seus filhos. Seu luto comoveu o rei Davi, que, ao saber de sua fidelidade, ordenou que os ossos de Saul, Jônatas e dos filhos de Rispa fossem recolhidos e enterrados com honra. Assim, o sacrifício e a perseverança de Rispa marcaram a história de Israel.

Como Rispa morreu

A Bíblia não relata a morte de Rispa em nenhum momento. Ela aparece em 2 Samuel 21:8-10, onde sua história se concentra no luto pelos filhos Armoni e Mefibosete, que foram mortos pelos gibeonitas como reparação pelos pecados de Saul.

Não há detalhes sobre como ou quando Rispa morreu, nem sobre seu destino após o luto. Sua lembrança permanece ligada à coragem, fidelidade e amor materno demonstrados durante o período de vigília pelos filhos, tornando-se um exemplo de devoção e perseverança.

Lições da vida de Rispa

A vida de Rispa lições profundas de amor, coragem e fidelidade que continuam inspirando até hoje. Apesar de ser apenas uma concubina do rei Saul, seu papel como mãe e mulher de fé se destacou em um momento de grande sofrimento.

Quando seus filhos, Armôni e Mefibosete, foram mortos pelos gibeonitas como reparação pelos pecados de Saul, Rispa não se resignou. Ela passou meses vigiando os corpos, impedindo que aves e animais os devorassem, demonstrando um amor maternal extraordinário e uma coragem diante da injustiça e da dor.

A atitude de Rispa nos ensina sobre resiliência e perseverança: mesmo diante de perdas irreparáveis, ela agiu com dignidade e zelo. Também nos lembra da importância da lealdade e do cuidado pelos outros, mesmo quando parece que ninguém mais se importa. Sua história mostra que atos de amor e justiça silenciosos podem gerar mudanças; o rei Davi, comovido por sua dedicação, providenciou uma sepultura digna para seus filhos.

Rispa nos inspira a agir com coragem, amor e integridade, mesmo nas situações mais difíceis, mostrando que pequenas ações de devoção e cuidado podem deixar um legado duradouro.

Veja também: